Falta-me o ar, sufoco na impotência de não querer estar aqui, contorço-me para não fugir sem explicações, correr para os teus olhos, para o teu colo, para o teu desafio!
Chove a potes…
O rosto cansado revela noites agitadas, suplicas a um sono arredio, mágoas de prantos repentinos!
Estou só…
O corpo encolhido é sombra duma história outrora intensa, a loucura temporária reflexo dum abandono carnal, o desespero incontrolável é típico dum vazio prolongado!
Batem á porta…
As pernas bambas pressentem que podes ser tu, o peito trancado sussurra à alma uma esperança sem fim, as mãos suadas adivinham o medo do engano!
Subitamente…
Os meus lábios ensaiam beijos e palavras, os meus olhos acolhem lágrimas pendentes de alegria, os meus braços já sonham com o encaixe…
Abro…
Encosto-me e tacteio as paredes geladas!