Procuro saber se sentes falta do meu toque, aquele que dizias desorientar-te de forma perturbadora.
Desespero por adivinhar quanto te dói a falta do meu cheiro, aquele que te arreliava por considerares um vício.
Choro pela certeza da dor que causa a ausência das minhas palavras, aquelas que te deslumbravam pela impulsividade.
E…
Revejo uma noite específica.
Imagino o teu abraço quente, os teus lábios densos no meu pescoço, as tuas mãos doces a levantar-me o cabelo e a beijar-me a nuca muito lentamente...os meus olhos fechados à espera de mais…e tu a dares sempre mais, sempre mais…
Sinto o beijo especial que sempre fiz questão de te entregar, aquele beijo vagaroso de inicio, apaixonado a meio e desorientado no fim, aquele onde sussurrava o quanto inexplicavelmente eras o meu amor...és o meu amor!
Respiro cheiros dolorosamente sensuais, desconcertantemente familiares, transpirados e excitados, impelindo o nosso desejo a modificar-se de forma vertiginosa!
Escuto-te ofegante pedindo com meiguice que me entregue por inteiro, provocando-me gemidos apressados e, incitando-me ao descontrole.
E os teus dedos percorrem-me o corpo de cor e salteado surpreendendo-me a cada instante. Não me contrario e obrigo-te a parar a meio pressionando-te o pulso para que não saias dali…
Ufa…
É difícil fazer amor contigo. Exiges de mim uma concentração agora que me deixa pouco espaço para o prazer!