Seguro-te trémula, dividida entre o bom e o estrondoso…indecisa entre a gargalhada e o sorriso!
Tenho-te a endoidecer-me a cabeça de forma pegajosa, a cansar-me o corpo de maneira invasiva, a consumir-me vislumbres de paz sem piedade!
Paro para respirar enquanto escrevo e sem evitar sentir, desvio a camisola do ombro para o embeber com um choro descabido e desaustinado…pareço doida!
Sei que te seguro, sei que te tenho, duvido se te apago…se te dispenso!
Oscilo de olhos fechados entre o alento e a resignação…desespero ou anseio, procuro-te ou sufoco-te?!
Alastras por mim inteira de forma pertinente, sugas-me a energia, arrancas-me a sanidade encurralando-me num tormento que me dilacera a alma!
Tento controlar-me sempre que chegas desta forma e obrigo-me a uma pausa onde me abraço em solidão, onde quebro de medo…estou doida!
Estou certa que não quero abdicar, que qualquer dor é preferível ao vazio na minha mente, que conceder-te alma mais sossegada para povoares está eternamente fora de questão.