Seguro-te trémula, dividida entre o bom e o estrondoso…indecisa entre a gargalhada e o sorriso!
Tenho-te a endoidecer-me a cabeça de forma pegajosa, a cansar-me o corpo de maneira invasiva, a consumir-me vislumbres de paz sem piedade!
Paro para respirar enquanto escrevo e sem evitar sentir, desvio a camisola do ombro para o embeber com um choro descabido e desaustinado…pareço doida!
Sei que te seguro, sei que te tenho, duvido se te apago…se te dispenso!
Oscilo de olhos fechados entre o alento e a resignação…desespero ou anseio, procuro-te ou sufoco-te?!
Alastras por mim inteira de forma pertinente, sugas-me a energia, arrancas-me a sanidade encurralando-me num tormento que me dilacera a alma!
Tento controlar-me sempre que chegas desta forma e obrigo-me a uma pausa onde me abraço em solidão, onde quebro de medo…estou doida!
Estou certa que não quero abdicar, que qualquer dor é preferível ao vazio na minha mente, que conceder-te alma mais sossegada para povoares está eternamente fora de questão.
"if you're not with the one you love, love the one you're with" - era o refrão de uma canção dos idos anos 60/70, quando o povo era mais descontraído e menos preocupado (isto, claro, até ser mandado dar e receber tiritos para o Vietnam, Angola... aí talvez um pouquinho de preocupação desse jeito!).
Adiante, também não interessa, já que o Amor não é transcendental, não é assim? Se calhar, à medida que se vai recreando nos corpos talvez se vá também recriando. Talvez. Não sei. Vou experimentar com um pato de loiça e depois voltarei com mais certezas. Ou não. Ou não voltarei, já que terei ido para o Brasil passar férias com o pato. Talvez. Não sei.