Começo este texto elucidando algumas mentes que me parecem de alguma forma um pouco baralhadas.
Não sou feminista. Jamais teria paciência para tarefas que considero à partida próprias do sexo masculino e nas quais as minhas unhas impecavelmente arranjadas correriam o sério risco de partirem. No prolongamento da expressão utilizada está ainda a palavra inferiorizada…bem, aqui a coisa já não é tão restringente e optando por não aprofundar o tema fico-me por uma simples substituição trocando o inferiorizada por “há dias que me apetece ser subalterna e outros que…nem por isso”.
Porque hoje acordei poderosa na capacidade de sintetizar, e para que não “gramem” com a minha instável vontade de ser chateada, digo somente que esta calamidade deleitosa:) que é a minha escrita não pretende desaparecer brevemente, podendo assim os menos afortunados que eu no Q.I contar sempre com a minha ajuda na elevação da tão procurada auto estima.
Concluo (de concluir e não de conluio) a primeira parte deste “post” com um agradecimento especial a todos aqueles que reconsideram decisões, acho que leviandade na dose certa é salutar e intransigência nas resoluções é cansativo e…estraga a pele.
Segunda parte do “post” ( acho a expressão ternurenta, vá-se lá saber porquê) :
Serei eu uma mulher com fé? Sei que esta entrada parece um pouco bruta mas ao ler alguns comentários ao texto anterior e talvez atacada pelo tal poder da síntese, achei que no fundo é tudo uma questão de fé. Se por um lado a ideia me causa impaciência por de alguma maneira achar que ter fé é uma forma de resignação para a qual jamais hei-de estar preparada, por outro lado é nessa mesma ideia que por vezes encontro a tal serenidade que me leva a sorrir calmamente e pensar que resignação não é falta de vontade de mudar as coisas, mas sim aceitar que realmente nem tudo está nas nossa mãos.
Se tenho dias de indignação em que pensar em desistir entedia-me brutalmente e me faz achar que dessa forma tudo parece insonso, invade-me também noutros momentos uma vontade incrível de disciplinar as energias e direcciona-las para algo onde me sinta verdadeiramente equilibrada.
Quando desperto inconformada, agitada e até revoltada significa isso que não tenho fé? Ou será que falta de fé é os dias em que conscientemente aceito uma realidade consentindo paz ao meu coração?!!
Não sei ainda e provavelmente nunca saberei o tal” até onde devo ir, onde devo parar”, mas sei que no dia de hoje estou serena(mente) esperançosa…
Apesar de estar consciente que neste caso o domínio da síntese não me parece particularmente adequado, o certo é que também me parece coerente a ideia de que desenvolver certos temas em demasia só servem para me baralhar. Deixo assim e porque até gosto que me chateiem, o desenvolvimento desta fraca ideia para mentes mais inquietas que a minha, esperando que brote mais um intercambio sereno e ponderado de palavras que possivelmente despoletará mais uma enxurrada de palavras minhas altamente catastróficas.
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