Estremeço ligeiramente…
As imagens surgem em catadupa, as sensações são tão angustiantes que se apoderam do meu sono e agonizo numa aflição irremediável, numa certeza desesperante!
Viro-me e reviro-me, soluço com violência, tento controlar-me e falho!
Vejo-nos em paz e felizes, entrelaçados e convictos! No entanto o medo persiste, a dor aperta-me o peito e respiro arfante num sofrimento frustrante.
Sacudo desconexa no vazio escuro da noite e imploro sossego, esgravato com as pernas a cama que parece um abismo, sinto-me exausta e volto a falhar!
Rezo ladainhas queixosas porque não sintonizo a presença com a saudade, a doçura com a amargura!
Emaranho-me nos lençóis…transpiro febril…
Grito sentida!
Acordo dorida!
Caminho receosa…
Olho através do vidro da janela e vejo-te partir.
Perco a força e agacho-me num canto.