Estas foram as cartas não passíveis de comentários.
Não foram cartas que escrevi durante alguns dias mas sim cartas que correspondem a um só dia, a muitos estados de espírito…
Soube-me bem “escancara-las” aqui. Permitiu-me descansar de algo inconfessável num dia como o de hoje. Porque até para me expor necessito do dia ideal!
Sem vergonha admito que não ando concentrada, custa-me decidir entre sentir-me liberta dum presente que me faz ora feliz ora desalentada, ou dum futuro insonso de emoções, oscilo entre euforia e lágrimas escondidas que cada vez menos partilho com amigos.
Este é só o texto que reabre a época de comentários, uma tentativa minha de responder de forma civilizada, um esforço para me inteirar da existência de outras pessoas e do que elas andam por ai a experimentar, uma vontade de tornar menos secreta uma estranha forma de sentir.
A quem me lê e reclamou de não poder comentar através do mail está de volta essa opção, não peço desculpa porque não me parece fazer sentido um pedido de algo do qual não me arrependo!
A quem me lê e comenta porque espera visitas em troca não me parece sensato continuarem a aparecer, não sou assídua na net e tenho temporadas enormes que não consigo escrever duas palavras direitas, muito menos para comentar os outros!
E tinha imensas frases começadas por “ a quem me lê” mas quando as antecipo na cabeça acho-as sempre um pouco ofensivas e a verdade é que a maior parte das vezes não tenho intenção de ser arisca…mas sou!:)
Assim sendo resta-me fazer a pintura de guerra na cara que acarreta sempre um belo nariz vermelho e sair para a rua…