- És tu que me levas ou sou eu que te estou a encaminhar?
E assim paramos no canto…e no canto o instante brindou-me com uma música que condicionou toda a minha entrega e a minha entrega despoletou no meu espírito algumas dúvidas e as minhas dúvidas traíram-me as intenções e as minhas intenções revelaram-se em palavras desbocadas, e este atrevimento estragou a magia!
- Pareces uma Índia com esta luz !
E no canto a tua observação transportou-me para imagens que alteraram o meu desejo e o meu desejo cambaleou surpreendido e a minha surpresa inibiu-me o apetite, e esta ausência de fome quebrou o encanto!
- Se falo melindro-te!
E a luminosidade misturou-se com cores que não gosto, e o luar derreteu-se numa cera sem aroma, e o tempo esgueirou-se num adeus que me arrasou!
- (…)
- Estou magoada, magoada, magoada, magoada, magoada, magoada, magoada…