Passo-me da cabeça com este precisar de um amor fantástico para conseguir ser boa pessoa, para desarmar conceitos inflexíveis, para quebrar securas infiltradas.
Tenho dias em que me enraiveço por não ter conseguido manter-me céptica durante o nosso tempo…ou se calhar esta raiva é por ter deixado a tua partida apagar o que contigo aprendi a ser!
Este é o dia em que tomo consciência de que estive quase lá…o instante em que de forma convulsiva soluço uma perda imbecil, a noção límpida da saudade sempre presente que me atira de rompante para um desespero que me extingue!
Enfureço-me com esta personalidade incoerente, com esta mulher que contigo derrubou barreiras de juízos pré concebidos, que por ti abandonou posturas ásperas e tiranas.
Ai…tenho dias em me dói tanto o retorno da descrente…ou dói-me tanto a lembrança do que melhor sou…ou fui!
E agora sinto-me perdida. Perto da razão que seguramente me indica o caminho mas nada longe doutra data sufocante em que voltarei a não perceber se sou quem esteve contigo ou se apenas sou metade de mim!