Domingo, 29 de Abril de 2007

Racionalidade ao rubro:)

 

 

O meu carro passou por um período conturbado de azares e consequentemente o meu bolso terminou lesionado. Resolvi enfrentar a questão de forma racional e coerente e não visualizei outra opção a não ser a compra urgentemente de…uma belíssima ferradura em tons de azul que oscilava graciosamente no espelho e que me fazia sentir imune, envolvida numa aureola de sorte mecânica e rodoviária.
Embutida deste espírito altamente confiante dirigi-me a uma esplanada numa praia perto de mim, onde sou cliente assídua há bastante tempo e onde estacionei descontraidamente fazendo jus à suavidade e à segurança que sentia no momento posterior á minha milagrosa compra!
A tarde foi passada amenamente. Beberiquei uma água em frente ao mar e os meus pensamentos “vagabundearam” por quilómetros e quilómetros de estrada a percorrer sem percalços nem impedimentos! Paguei altiva e altaneira como se tivesse descoberto o truque infalível para evitar reveses malfadados, e sorria misteriosamente cada vez que pensava na forma de vender a minha brilhante descoberta e assim recuperar e provavelmente triplicar o dinheiro perdido no agora protegido veiculo.
Dirigi-me ao local onde tinha imobilizado o objecto da minha actual postura hirta e qual não é o meu espanto quando a visualizo envolta numa misteriosa fita amarela. Respiro fundo e sinto-me encolher ligeiramente. Aproximo-me a medo e arregalo os olhos de espanto ao descortinar um pneu com um extra que não me lembro de ter adquirido, e ao fim duns segundos de puro estarrecimento enxergo a realidade, tinha sido bloqueada em frente a uma maquina do parquímetro por excesso de confiança no cabrão do orixá!
Estacionados de lado estavam um Porsche Cayenne e um Mercedes que seguramente “pecaram” por distracção e reforçaram o meu constrangimento levando ao meu acanhar definitivo e à minha espera resignada pelos responsáveis por tamanha desfeita!
Enquanto aguardava o ansiado desbloqueio consolei-me com os comentários de algumas pessoas que não se coibiam de lançar piadas aos proprietários das bombas multadas e não se compadeciam de me brindar com olhares complacentes acompanhados do famoso cliché: Ah, esta é loira!
Regressei a casa cabisbaixa e infeliz, a minha ferradura não tinha funcionado e prometi a mim própria arranjar maneira de não voltar a passar por semelhante situação. Assim que tomei a decisão voltei a empinar…e sem demora percebi que desta vez as medidas teriam de ser drásticas e ainda mais congruentes.
Rumei ao cabeleireiro!
 
 
 

 

música: RUN

Inventado por alexiaa às 21:53
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31 comentários:
De pedro alex a 30 de Abril de 2007 às 17:47
Outro dia, resolvi dar um novo ar ao meu cabelo. Por questões de tempo não fui à minha cabeleira, dei permissão a que um homem e sua tesoura, que mais parecia da poda, me dessem o aspecto almejado e abrissem janelas a novas ideias.
Foi um falhanço, o desgraçado do barbeiro quando pronunciei as palavras “escalar por zona” ficou branco e aparou-me a guedelha por todo.
O pior ainda estava para vir. Na altura de acertar o penteado, o funcionário desata a pentear-me o cabelo para trás. Ora bem, isso é um enormíssimo 31. Os meus cabelinhos puxados para trás, poupem-me, é contra a natureza deles.
Tive por 2 vezes exclamar em voz de comando “por favor, não me puxe o cabelo para trás!!!”.
Desconfio que os “tchik, tchik” de anos de tesouradas o tornaram surdo.
Acaso tivesse de repetir o aviso, sim porque não há 2 sem 3, desconfio que pegava na navalha que acerta as pontas e… sei lá.
Após a tortura, o energúmeno com ar triunfal pegou no espelho, contra espelho, e perguntou-me “está bem?”
Enfim… não disse nada. Com a expressão mais nojenta que consegui interiorizar levantei-me e paguei.
Resumindo e concluindo, continuo sem o aspecto almejado e sem ideias. Torna-se óbvio que a medida a tomar tem que ser rápida e racional. “Rumarei” ao cabeleireiro, que isto de barbeiros já deu, e gajo sem aspecto e ideias, valha-me Deus, ainda é pior.
Beeiiiiiiiijos


De alexiaa a 1 de Maio de 2007 às 21:41
Percebo...a uma cabeleireira a voz de comando surtiria sem duvida um efeito diferente:))))))))))))
Sei lá...aposto que estas a exagerar, o que se almeja nunca é o que se alcança, nem no melhor salão do mundo:).

Pronto...beeiiiiiiijos parece-me bem!


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