- Diz-me algo doce…
- Sentires que fico encabulada não serve?
- Não, perde o medo e sente-me.
- Pára…não quero sentir-te, empolgas-me e iludes-me…
- Tola, Kero-te, Adoro-te, Desejo-te…há tanto tempo!
- Queres que chore?
- São doces?
- Algumas são…cala-te e imagina…
“ Paro o carro numa beira de estrada qualquer. Oiço aquela música, aquela que sempre me faz lembrar-nos, aquela que é uma qualquer…
Baixo a cabeça, poiso os braços no volante, choro de saudades…
De repente mais um som invade a noite e lentamente ergo-me. Espreito pela janela e as estrelas bailam, chamam-me, querem-me…
Abro a porta sem caminhar, flutuo nos teus braços de forma inconsciente mas ciente, ondulo enrolada em ti sem esforço mas movo-me inteira, toda, todinha…
Dançamos a musica, aquela, uma qualquer, as duas…o som da rádio que se mistura com a melodia das estrelas!”
(Um silêncio que me assusta e pergunto:)
- Ficaste pateta ou achas-me pateta?
- Patetas, somos dois patetas!
Sinto-me menina…