Devaneei com o teu colo a acolher a minha cabeça, quedei-me incompreensivelmente com os afagos dados.
Baralhei-me ao querer esquecer-te num segundo e ansiar perder-me em ti no outro.
Surpreendi-me com a junção de ternura e sensualidade que possuis feita à minha medida.
Apaziguei as inquietações todas ao ser encantada por ti.
Abandonei-me no teu peito e aceitei o inevitável.
Vi-te afastares-te sem nunca teres cá estado.
Dei-te os meus lábios incondicionalmente.
Esperei por ti independentemente de tudo.
Sussurrei-te o quanto inexplicavelmente és o meu amor.
Agora percam-se lá em divagações e elucidem-me como se pode ser paciente em certas alturas da vida, como podemos racionalizar e não assustar o outro com uma entrega que se não evidenciamos consome-nos mais que a perda?!!
Esta ideia de controlar sentimentos para não afugentar a caça é algo que me chateia de sobremaneira…serão os homens tão idiotas ao ponto de desperdiçarem um momento de intensidade com receio de serem “apanhados”??? Seremos nós tão covardes que nos deixemos tentar pela ideia de fazer género na esperança que ao contermos as emoções o outro adivinhe o quanto significa para nós??
Taxativamente digo que já não estou para isso…redondamente não tenho paciência para serpentear em torno daquilo que me agita a alma.
Maldita impaciência…que me leva cegamente a querer a meio do sussurro levantar o tom de voz e dizer que inexplicavelmente…és o meu amor!!
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